“A WorldSkills é como se fosse uma academia de um grande clube”

O Serviço de Formação Profissional de Tomar criou um ambiente perfeito para o estágio da seleção nacional das profissões. 11 formadores das áreas em concurso juntaram-se aos jurados da WorldSkills durante estes dias. Com esta iniciativa, a WorldSkills Portugal procurou criar um ambiente o mais próximo possível das competições internacionais, viabilizar o processo de avaliação realizado por mais do que um jurado, fomentar a partilha de competências e conhecimento e promover a profissionalização dos jurados com vista à sua participação nas competições internas.

No final do 3.º dia de provas estivemos à conversa com dois deles, Luís Garcia, de Gestão de Redes Informáticas e Lígia Pereira, de Estética.

“Já tinha participado em etapas regionais e no ano passado estive em Beja, no Campeonato Nacional como jurado. Aqui, em Tomar, para além de dar apoio ao jurado Daniel Medeiros, dou todo o apoio logístico ao nível da informática e da Internet.” refere Luís Garcia.

Luís Garcia, formador de Gestão de Redes Informáticas no Serviço de Formação Profissional de Tomar 

“Montar este espaço foi trabalhoso, mas muito agradável. Era um armazém feio e pouco utilizado e conseguimos transformá-lo nisto que aqui veem e que poderá agora ser utilizado no âmbito das muitas iniciativas que fazemos dirigidas à comunidade. Isto porque gostamos de envolver a comunidade e de mostrar o que se faz aqui. Tentamos mostrar que somos bons no que fazemos e que quem vem fazer um curso no IEFP vem de facto aprender uma profissão.”

Quando questionado sobre a empregabilidade na área da Gestão de Redes, não tem dúvidas: “Temos um curso de especialização tecnológica com uma empregabilidade de 90%. Quem chega ao final do curso só não arranja emprego se não quiser! No último curso, 90% dos que concluíram estão a trabalhar na IBM na sua subsidiária.”

Pedimos que deixasse uma mensagem para os jovens:

“Gostava de lhes dizer que estão a passar uma fase fantástica da vida deles! Estão a conhecer profissionais, a aprender novos processos. E depois, têm os holofotes em cima deles! Tudo o que lhes está a ser disponibilizado vai permitir-lhes crescer profissionalmente. A WorldSkills é como se fosse uma academia de um grande clube que lhes proporciona uma aprendizagem fantástica.  Eles têm a sorte e o mérito de estar neste espaço onde podem crescer como profissionais. Aliás, eu próprio sinto-me um privilegiado por fazer parte deste processo.”

Paulo Ferreira, concorrente de Gestão de Redes Informáticas, da Escola de Novas Tecnologias dos Açores

Lígia Pereira, formadora de Estética, está a trabalhar em conjunto com Dina Santos, jurada internacional e Catarina Estrangeiro, preparadora da concorrente Carla Ribeiro.

“Os campeonatos são um desafio para os formandos, mas também para nós. Quer queiramos ou não, aprendemos muito uns com os outros. É uma partilha constante de conhecimentos e uma experiência gratificante. O trabalho com a Dina e com a Catarina tem sido fantástico. Aliás, trabalhar com a Dina permitiu-me entender melhor o papel dela como presidente de júri, que não é um papel nada fácil.”

 

“A Carla é fantástica, um doce de menina que tem tudo para dar certo e espero de coração que ela traga uma medalha para casa.”

Também a Lígia deixou uma mensagem para esta seleção:

“Lutem, não desistam, encham-nos de orgulho. Nós temos a tendência  para menosprezar as nossas capacidades, mas temos muito para dar. Eles então, têm tudo e é muito bom ver como crescem e absorvem tudo. A Carla, por exemplo, é uma jovem muito assertiva, que acata bem as orientações que lhe damos, o que é uma qualidade fundamental para um concorrente. Tem o caminho aberto para vida e espero que seja um exemplo para os outros jovens!”