PORTUGAL NA WORLDSKILLS – DE MEMBRO FUNDADOR A DEFENSOR DO FUTURO

Ao celebrar 75 anos como palco global de competências, a WorldSkills Portugal orgulha-se de estar entre os Membros fundadores deste movimento, um papel que continua a moldar a sua identidade nacional e as suas políticas de educação e formação.

Os campeonatos das profissões são um estímulo ao crescimento, não só profissional, mas também pessoal. É este propósito que impulsiona o nosso trabalho.” refere Ana Elisa Santos, Vogal do Conselho Diretivo do IEFP e Delegada Oficial da WorldSkills Portugal.

Passaram três quartos de século desde a primeira competição internacional de profissões entre Espanha e Portugal, em 1950. Desde esse acontecimento histórico, Portugal tem continuado a colocar o desenvolvimento das competências no centro da sua estratégia nacional de crescimento.

A equipa portuguesa na 2.ª Competição Internacional de Profissões em 1951

O papel que Portugal desempenhou na fundação da WorldSkills, há 75 anos, não é apenas um motivo de orgulho histórico. Ana Elisa acredita que se trata de uma responsabilidade duradoura e de um pilar fundamental da abordagem do país às políticas de educação e formação profissional.

Isto já era verdade há 75 anos, na primeira competição da WorldSkills, e continua a ser verdade hoje. As competências são a base do desenvolvimento. A WorldSkills Portugal assume o seu papel pioneiro na comunidade WorldSkills e alinha-se estreitamente com a missão, a visão e os valores que impulsionam o movimento das competências.”

O compromisso inicial do país com a WorldSkills moldou também a forma como se relaciona com a comunidade internacional, permitindo a Portugal contribuir para os debates globais sobre o desenvolvimento de competências.

Ana Elisa acredita que esse facto abriu portas a novas parcerias e ajudou a implementar metodologias de ensino/aprendizagem inovadoras, que se baseiam em décadas de experiência.

Ana Elisa sublinha que: “O conhecimento que adquirimos, como resultado do nosso papel na WorldSkills, é muito importante para nós. Quando somos chamados a dar contributos que podem vir a ter impacto nas políticas nacionais de educação e formação, conseguimos fazê-lo com segurança e convicção, devido à forma como temos visto as competências evoluírem ao longo dos anos.”

“Pertencer ao movimento WorldSkills alarga os nossos horizontes a cada dia. Torna-nos mais atentos à inovação. Dá-nos a oportunidade de nos inspirarmos nas melhores práticas de outros países. Tudo isto tem impacto na forma como nos relacionamos internacionalmente. É, sem dúvida, uma relação vantajosa para todos”.

Para Portugal, ser membro da WorldSkills significa promover a aprendizagem ao longo da vida e fomentar uma cultura de melhoria contínua. E com efeito, os campeonatos nacionais das profissões exemplificam a forma como o país contribui para este legado vital.

Realizados de dois em dois anos, em rotação entre diferentes regiões do país, estes eventos são mais do que meros processos de seleção para a EuroSkills e a WorldSkills (campeonatos da Europa e do Mundo, respetivamente); são celebrações da excelência profissional e de ferramentas poderosas para alinhar a formação com as necessidades da indústria.

Ana Elisa afirma: “Aproveitamos o nosso papel fundador para inspirar a próxima geração através de uma mistura de tradição e paixão. A nossa longa experiência traz sabedoria, mérito, competência e know-how.”

Mas conclui: “A melhor inspiração que podemos dar aos jovens que estão atualmente a decidir o que fazer com o seu futuro é o facto de valorizarmos verdadeiramente as profissões técnicas e de os ajudarmos a brilhar e a ter sucesso através das suas competências.”

David Hoey, CEO da WorldSkills Internacional, reflete: “Portugal tem um papel de longa data no movimento WorldSkills. O que começou em 1950 como um esforço ambicioso para envolver os jovens em carreiras profissionais tornou-se um palco global de excelência em competências, inovação e oportunidades.”

Ao celebrar 75 anos de WorldSkills, a voz de Portugal mantém-se clara: a visão que deu início ao movimento é tão vital hoje como era naquela época. Através de investimentos criteriosos, do orgulho nacional e de uma crença inabalável no poder das competências, Portugal continua a defender os valores que impulsionam o movimento das competências.