WorldSkills Portugal – manifesto sobre o conflito na Ucrânia

A WorldSkills Portugal compartilha a profunda preocupação da comunidade internacional com os acontecimentos recentes na Europa e condena a agressão em larga escala da Federação Russa contra a Ucrânia.

Nessa sequência, já havia transmitido à WorldSkills Rússia, que a equipa portuguesa não participaria no EuroSkills S. Petersburgo 2023, caso este campeonato se viesse a realizar.

Ontem foram publicados pela WorldSkills Europa e pela WorldSkills Internacional manifestos que se traduzem nas seguintes linhas de ação, com efeitos imediatos (os manifestos podem ser lidos na íntegra, acedendo aos links abaixo):

WorldSkills Europa

  • alterar o local de realização do EuroSkills 2023, que estava planeado para S. Petersburgo, em agosto de 2023;
  • suspender, com efeitos imediatos, a adesão da WorldSkills Rússia à WorldSkills Europa e, consequentemente, qualquer envolvimento ou participação no EuroSkills 2023, competições futuras e outros projetos e atividades da WorldSkills Europa.

WorldSkills Internacional

  • cancelar a participação da WorldSkills Rússia no WorldSkills Shanghai 2022;
  • aprovar a alteração do local de realização do EuroSkills 2023, de São Petersburgo para outra cidade Europeia;
    suspender a associação da WorldSkills Rússia à WorldSkills Internacional e, consequentemente, qualquer participação em campeonatos, projetos e atividades da WorldSkills fora da Rússia;
  • cancelar a participação da WorldSkills Bielorrússia no WorldSkills Shanghai 2022;
  • suspender a associação da WorldSkills Bielorrússia à WorldSkills Internacional e, consequentemente, qualquer participação em campeonatos, projetos e atividades da WorldSkills fora da Bielorrússia.

As difíceis decisões tomadas por ambas as organizações, e totalmente apoiadas pela WorldSkills Portugal, baseiam-se na clara e enorme violação dos valores e do Código de Ética e Conduta da comunidade WorldSkills pelo governo da Rússia.

A WorldSkills surgiu, em 1950, nas ruínas da Segunda Guerra Mundial, com o grande objetivo de ajudar a reconstruir uma Europa devastada por um conflito que destruiu economias e criou uma enorme escassez de competências.

Portugal, juntamente com Espanha, foi o país fundador deste movimento.

Hoje, tal como em 1950, Portugal acredita que a paz e a solidariedade entre os povos é a única via que conduz ao respeito, dignidade e prosperidade em todo o mundo.